quinta-feira, 8 de abril de 2010

Esse mundo tão criativo!

Hoje fiquei sabendo de mais uma forma de terapia.Terapia acquântica. Como o pessoal que trabalha com terapias alternativas gosta da palavra quântica! Acho que é porque empresta respeitabilidade. E depois como muita gente ouve esta palavra e não sabe o que significa... eu confesso que já li a respeito mas é algo que não entra na minha cabeça. Vai ter que ficar para outra encarnação. Tem muita coisa que não consigo assimiliar. Aliás se você pedir a alguém que cita a física quântica para ela explicar o que é isto, ou ela vai recitar uma definição decorada ou vai ficar embasbacada. Poucas são as pessoas que sabem o que estão falando. Claro que não estou me referindo ao universo das pessoas de ciência.Estou falando das pessoas em geral.
Eu me lembro que em 1974 assisti uma palestra sobre Liderança e o professor falou sobre palavras que ficaram na moda. Por exemplo, houve a época que a palavra da moda foi conscientização. Eu me recordo que na década de 80 ouvi muito falar em resgate. Cheguei a enjoar. Agora, de uns tempos para cá, bota aí uns 20 anos, é a palavra quântica. É , o mundo ficou muito cheio de criatividades....é isto mesmo, no plural.
Mas como, repetindo o que ouvi do Henrique Panzarelli , estamos na Idade Média da Ciência, todo mundo tem que atrelar seu pensamento às exigências da Bendita!
Será que este enjôo que sinto diante de certos modismos tem a ver com a náusea de que falava Sartre? Preciso conversar com amigos entendidos em Filosofia para tirar esta dúvida. Eu falo enjôo, mas às vezes é um cansaço.Os filósofos gostam muito de falar em Tédio. Vou pensar sobre isto. Se quando a gente tem estas crises de enfado diante de certos modismos, se isto não seria o famoso Tédio.

Gostaria de indicar um livro chamado Pós-História, de Villem Flusser. Tem outros deles, mas li apenas este. Muito bem escrito. Acho que ele era tcheco e ficou no Brasil um bom tempo quando foi professor da USP, se não me engano. Depois ele foi para a França, onde morreu há uns anos atrás. Se puderem, leiam este livro ou outro dele.
Comcei a ler "Trem Noturno para Lisboa", de Pascal Mercier. Fala de um professor suíço de línguas antigas que conhece uma moça cuja língua materna é o português.Daí começa o interesse dele por este idioma. Ele abandona a Universidade onde dá aulas e parte para Lisboa. Estou nesta parte ainda. Ele está no trem.
É interessante a gente ver o olhar do estrangeiro sobre uma língua que falamos. Como soa para ele a nossa língua. A gente fala e não tem a referência do outro sobre a impressão sonora do nosso idioma. Depois comento mais.
Por hoje é só.

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